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O estado sou eu

Um ‘esperançoso’ movimento libertário nos chega da Austrália. Movidos pela vaidade, levados pelo inconformismo e o livre arbítrio, ou em protestos contra impostos e leis, cidadãos australianos resolveram formar seus próprios governos. Autoproclamados duques, barões, príncipes e até imperadores, eles estabeleceram seus próprios territórios, com bandeiras, hinos e moedas próprias. O principado de Hutt River, no oeste da Austrália, uma propriedade de 75 km quadrados que hoje se sustenta com 27 mil turistas por ano. O local se tornou o Principado de Hutt River, depois que o fazendeiro Leonard Castley -autodenominado príncipe Leonard - decidiu se separar do país em protesto contra a imposição de um sistema de cotas de produção de trigo. Outros dois principados famosos, o do Grande Duque de Avram foi fundado por um conhecido ativista anti-impostos, e o Reinado de Gays e Lésbicas foi criado como um protesto simbólico por um grupo de defesa de direitos de gays no Estado de Queensland.

Brizola sempre dizia que o Brasil devia seguir os exemplos da Austrália, comparando as vastas semelhanças territoriais, climáticas e de mistura étnica daquele país com o nosso.
“Brava gente brasileira, longe vá temor servil!” Nada temos a perder a não ser os nossos grilhões da vida real. Todo o poder à imaginação, precisamos criar nossos próprios governos imaginários, provado está que governantes e demais instituições vivem no mundo do faz de conta, com suas próprias leis, seus próprios favoritos, regidos pelos próprios desígnios, acima do bem e do mal.


Poucos sabem, poucos são os privilegiados, no entanto no Brasil já existem alguns principados que, se não são reconhecidos de público, estão estabelecidos na prática. Em São José das Piranhas , por exemplo, temos o Principado dos Lucena , território comparado com Andorra, um principado que levou 800 anos para ser reconhecido internacionalmente. É muito tempo, mas o príncipe Cícero Lucena ainda chega lá, com o apoio de Rômulo Gouveia, o Marquês da Borborema, e o médico Armando Abílio Vieira, o Barão de Esperança. Manoel Alves da Silva Junior, o Duque das Pedras de fogo, separou João Pessoa da Paraíba e seus súditos acreditam ter nascido numa comarca de Recife.

Em João Pessoa são vários os feudos. Das mais tradicionais, temos a República Independente do Cabo Branco, domínio do Barão Coutinho. Intramuros de Tambauzinho, a dinastia Monteiro da França ocupa o território. O ducado de Buriti é laico, mas todos obedecem ordens de Deus. “Se falta champagne, bebam spumanti”, ordena Roberto Buriti, o Visconde do Roger. Meu reino é o meu bar, proclama o cachaceiro Alan, primeiro e único.
Por último, o mais elevado reino, o governo imaginário do Imperador do Guararapes. Das margens plácidas do Mamanguape, com mão de ferro Sua Majestade Cássio Primeiro, Segundo e Terceiro, empunha o pendão da dinastia Cunha Lima, onde escrito está: “O estado sou eu, com os meus nepotes”.

História


Helena, mãe de Constantino após ver seu neto Crispos morrer assassinado pelo pai, faz uma peregrinação até Jerusalém e encontra o suposto local da ressurreição do ‘messias judeu’ da seita do caminho, após converter-se a esta seita, leva-a para Roma, Constantino então declara que a seita será a religião oficial do império romano e muda a capital para Constantinopla. Após a invasão bárbara na Europa no século III a igreja e o imperador, então únicos representantes de cristo na terra descobrem manuscritos que dão veracidade à sua seita, nesse período a cultura do império cai drasticamente e apenas poucos tem o domínio cultural e estes estão na igreja. Com a decadência do império romano, surge então a república romana, onde o parlamento é constituído de cristãos na sua totalidade, iniciam-se os códigos de leis ou a constituinte romana. Com o advento do império romano-germânico na península ibérica os cristãos de Constantinopla reclamam o titulo de a verdadeira igreja de cristo, então acontece o cisma da igreja de Roma, mais tarde com o inicio da revolução cultural aparecem os iluministas por toda a Europa e novos códigos de leis são acrescentados à constituição romana, na época muito utilizada no mundo cristão. Aparecem também os déspotas esclarecidos, então a Inglaterra declara que sua majestade é a representante legal de deus na terra e cria o anglicanismo. Napoleão um déspota esclarecido inicia o seu império, mas é capturado e exilado na ilha de santa Helena, uma ilha muito próxima à áfrica onde passava o meridiano de Greenwich que dividiu a terra em oriente e ocidente.


No Brasil imperial começam a aparecer as sociedades secretas dos iluministas e com eles as primeiras escolas de direito. Cria-se também o Partido Republicano Municipal composto na sua maioria de advogados e latifundiários. Estes aproximam-se do marechal Deodoro e o incitam a fazer a proclamação da Republica do Brasil, inspirados na proclamação da Republica Americana. Então o marechal também advogado passa a ser o primeiro Presidente da Republica. Desde então os advogados republicanos tem se revezado no poder. Atualmente a maior bancada no parlamento brasileiro é a bancada evangélica, liderados pelo bispo e advogado Marcelo Crivella do Partido Republicano Brasileiro.

REPÚBLICA FEDERATIVA DA CACHAÇA

No ano de 2003, o New York Times, escreveu um artigo que dizia que o então presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva não possuía controle algum sobre o álcool. A opinião pública brasileira repudiou e considerou o texto uma invasão da privacidade de um operário que se tornou Presidente da República em uma votação expressiva. A partir daí, Lula e a turma petista dariam várias demonstrações da indisposição ao diálogo e à autocrítica. Em 2005, foi a vez de a imprensa nacional começar a ser rechaçada: o escândalo do 'mensalão' explodiu com a revelação do então deputado federal, Roberto Jefferson, da compra de parlamentares. Nesse momento a mídia brasileira, passou a ser rotulada pelos 'esquerdistas' de ser golpista. No auge da crise, em um pronunciamento tenso no Palácio da Alvorada, Lula disse não saber de nada. Mais recentemente, o Times escreveu em artigo que o presidente brasileiro, devido às numerosas crises envolvendo seu nome e respectivas 'fugas', pode ser considerado um mestre em escapar de escândalos.  E de fato não foram poucos: em 2005, mesmo sem convencer ninguém - Lula saiu ileso das acusações que o vinculavam às atividades 'mensaleiras' no Congresso; Também ficou imune em 2006 às denúncias de pagamento de algumas contas pessoais por parte de Paulo Okamoto. E mais recentemente as suspeitas da atuação como lobista de seu irmão mais velho, o Vavá, que operava como intermediador das demandas do setor privado para com o governo. Apesar de tudo, a tropa de choque sempre esteve em ação e salvou seu grande líder. Luiz Inácio Lula da Silva trafega em ‘céu de brigadeiro’ por duas razões básicas: primeiro a falta de conhecimento e informação de grande parte da população brasileira para os quais os escândalos passam completamente despercebidos; e o segundo componente é o longo alcance dos projetos sociais de seu governo, que conquista os votos dos segmentos menos favorecidos.
É engraçado como o 'messias' brasileiro sente-se tão à vontade no meio dos fariseus REPUBLICANOS, agora resolveu sentar-se à mesa e comer da mesma comida dos pastores da IURD. Lula, acostumado com o pão e circo oferecido pelos Republicanos, aprendeu bem a lição e divulga aos quatro ventos sua campanha FOME ZERO, e também as Olimpiadas e a Copa do Mundo de Futebol dos britânicos.