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A Republica da cruz

Por volta dos anos 300 o Império Romano estava ruindo e Constantino sofria grande pressão do povo romano, das seitas e do senado. Os bárbaros começavam a dominar os reinos na Europa. O Cristianismo também estava muito forte no império com figuras importantes como Eusébio se destacando. Constantino , proclama em 7 de março de 321 O Édito de Constantino. O seu texto reza: "Que todos os juízes, e todos os habitantes da Cidade, e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol. Não obstante, atendam os lavradores com plena liberdade ao cultivo dos campos; visto acontecer amiúde que nenhum outro dia é tão adequado à semeadura do grão ou ao plantio da vinha; daí o não se dever deixar passar o tempo favorável concedido pelo céu." (in: Codex Justinianus, lib. 13, it. 12, par. 2.)

Este texto teria influenciado a primitiva igreja cristã ao ratificar o domingo como dia de guarda. Crispus Caesar (filho de Constantino e de Minervina, uma relação ocorrida antes do casamento com Fausta), que foi nomeado pelo pai governante da Gália. Constantino , por volta de 326 decretou a execução de Crispus, então com vinte anos, que teria tentando seduzir a madrasta. Em vingança pela morte do neto, Flavia Iulia Helena, também conhecida como Santa Helena, Helena Augusta, e Helena de Constantinopla sendo próxima do bispo Eusébio, defensor do arianismo, faz uma peregrinação até Jerusalém e inicia uma identificação aos alegados locais onde se teria passado episódios da vida de Jesus Cristo. Ordenou junto com Eusébio a construção de igrejas, como a da Natividade em Belém e o Santo Sepulcro em Jerusalém. Helena faleceu pouco tempo depois de ter regressado da peregrinação, em Constantinopla, tendo sido sepultada em Roma. Em 337 foi anunciado que a cruz onde Cristo foi crucificado (Vera Cruz ou Cruz Verdadeira) teria sido descoberta no Gólgota, tendo Helena sido identificada pela tradição com esta descoberta em finais do século IV. Após a morte de Crispus, Constantino publica o Édito de Milão. O Édito de Milãotambém é referenciado como Édito da Tolerância e declarava que o Império Romano seria neutro em relação ao credo religioso, acabando com toda perseguição sancionada oficialmente, especialmente o Cristianismo.

A aplicação do Édito fez devolver os lugares de culto e as propriedades que tinham sido confiscadas aos cristãos e "vendidas em hasta pública: "  o mesmo será devolvido aos cristãos sem pagamento de qualquer indenização e sem qualquer fraude ou decepção..."Deu ao Cristianismo o estatuto de legitimidade, comparável com o paganismo e com efeito desestabilizou o paganismo como a religião oficial do império romano e dos seus exércitos. Com o primeiro concílio de Niceia também conhecido como conferência de bispos ecumênica (do Grego oikumene, "mundial") da igreja católica. Começam a debater as questões levantadas pela opinião Ariana da natureza de Jesus Cristo (se Deus, homem ou mistura) e a subsequente escolha dos evangelhos que formariam a Bíblia.Foram oferecidas aos bispos as comodidades do sistema de transporte imperial - livre transporte e alojamento de e para o local da conferência - para encorajar a maior audiência possível. Constantino abriu formalmente a sessão.

O concílio foi aberto a 20 de maio, na estrutura central do "palácio imperial", ocupando-se com discussões preparatórias na questão ariana, em que Arius, com alguns seguidores, em especial Eusébio, Teógnis e Maris de Chalcedon. As sessões regulares, no entanto, começaram somente com a chegada do imperador. Após ter prescrito o curso das negociações ele confiou o controle dos procedimentos a uma comissão designada por ele mesmo. É incontestável que devido às orientações de Constantino o credo foi adotado neste conselho, mas o voto não foi unânime, e a influência do imperador era claramente evidente quando diversos bispos de Egipto foram expulsos devido à sua oposição ao credo.A votação final, quanto ao reconhecimento da divindade de Cristo, foi um total de 300 votos a favor contra 2 desfavoráveis. Porém é importante também saber que os bispos que votaram contra foram exilados e perseguidos.


A impugnação de Constantino(em inglês: "Constantinian shift") é o termo usado por teólogos Anabaptistas e pós-cristandade para descrever os inícios do cristianismo, no Concílio de Niceia) quando o Cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano.Os críticos da fusão da Igreja com o Estado apontam esta "reviravolta" como o início da era do Constantinismo, na qual o Cristianismo e a vontade de Deus iriam gradualmente passar a ser identificados com a vontade da Elite governante, e em alguns casos seria pouco mais do que a justificação religiosa para o exercício do poder.Segundo esta perspectiva, Agostinho de Hipona teria sido um apologista da reviravolta de Constantino e muitos dos seus escritos tentariam demonstrar a associação do Cristianismo com a ‘Nova Republica’ do decadente Império Romano.

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